Observando um pouco não é muito difícil perceber que há uma disparidade no que as pessoas são em público (em maior número) e o que são na vida privativa (sós ou em menor número). É humano ter essa diferenciação, intimidade para o público, pois Jesus teve mesmo não sofrendo influência do pecado em si mesmo. Mas Jesus em público compartilhava ideias reais, a respeito de si, do Pai, do mundo e das pessoas, já na intimidade ele compartilhava sua alma (geralmente tão transparente que mostrava aquilo que é além do que os olhos poderiam ver - a transfiguração; em suas mais profundas angústias e dores, no Getsêmani). No entanto, nos humanos que sofrem a influência do pecado, desde o ventre, é comum ver uma grande diferença entre o público e o restrito, e tal diferença é pecaminosa, pois faz com que o discurso às grandes multidões não sejam evidenciados na intimidade, e vice-versa, ao contrário do que ocorreu com Jesus que um momento confirmava o outro. O que realmente se entende é que o anseio em transparecer o que não é em prol de uma ideia que segue, quer seja religiosa, política, ideológica ou cosmológica, é mais importante do que mostrar o que realmente é apesar das ideias que acredita - manutenção de um padrão histórico em detrimento da verdade do ser. Logo, pensamos que o que acreditamos necessita de nossa defesa verbal para existir, mesmo que isso não confirme o que realmente somos e vivemos!